Nasci em Lisboa
À beira água
Meu grito foi
Pregão de varina
Cresci em Lisboa
À beira rio
Criança jardim
De cores inquietas
Amei em Lisboa
À beira mar
Percorri vielas
Saltei colinas
Naveguei à vela
Provei o sal
De marés sem volta
Perdi-me no cais
À beira vida
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
NAQUELA VELHA CASA
Era na velha casa
Que tudo acontecia
Num tempo dolente
Onde bailavam sonhos
Em noites de verão
Na velha casa
Os dias eram vividos
Longamente docemente
Amanheciam amores
À janela da velha casa
Onde a saudade
Também espreitava
O mar era a tela
Que da janela
Nos transportava
Para outros sonhos
Outros mares
Naquela velha casa
Onde ninguém já vivia
A noite atravessou a solidão
Rasgando poemas
Que já ninguém lia
Era na velha casa
Que tudo acontecia
Que tudo acontecia
Num tempo dolente
Onde bailavam sonhos
Em noites de verão
Na velha casa
Os dias eram vividos
Longamente docemente
Amanheciam amores
À janela da velha casa
Onde a saudade
Também espreitava
O mar era a tela
Que da janela
Nos transportava
Para outros sonhos
Outros mares
Naquela velha casa
Onde ninguém já vivia
A noite atravessou a solidão
Rasgando poemas
Que já ninguém lia
Era na velha casa
Que tudo acontecia
NA MINHA CIDADE
Na minha cidade
A horas mortas,
Há uma multidão de sonhos
Que enche as ruas
Nas luzes das vielas
Brilham olhos apaixonados
Dos sequiosos de amor.
Em cada esquina
Uma sombra foge
Mergulhando no sentido
De viver
Na minha cidade
Há silêncio que se escuta
Qual sonata
Que vibra em cada ser
Interrompida por uma guitarra
Amante, amiga do fado
Quando anoitece
A minha cidade
Regressa ao passado
A horas mortas,
Há uma multidão de sonhos
Que enche as ruas
Nas luzes das vielas
Brilham olhos apaixonados
Dos sequiosos de amor.
Em cada esquina
Uma sombra foge
Mergulhando no sentido
De viver
Na minha cidade
Há silêncio que se escuta
Qual sonata
Que vibra em cada ser
Interrompida por uma guitarra
Amante, amiga do fado
Quando anoitece
A minha cidade
Regressa ao passado
sábado, 2 de outubro de 2010
MEU CORPO É MAR
Trago na pele o sal
De todos os mares
Nas veias os rios
Que correm na foz
Em cada dia
Meu corpo é maresia
Seiva de alento
Para a vida
A sombra do meu olhar
É o tom de cada mar
Mergulhei
Em todas as águas
Braçadas de emoções
Ondas de carinho
Espuma de desejos
Em cada praia
Aguardo a maré cheia
De todos os mares
Nas veias os rios
Que correm na foz
Em cada dia
Meu corpo é maresia
Seiva de alento
Para a vida
A sombra do meu olhar
É o tom de cada mar
Mergulhei
Em todas as águas
Braçadas de emoções
Ondas de carinho
Espuma de desejos
Em cada praia
Aguardo a maré cheia
CHEIRO OUTONAL
Na manhã fria
O dia amanhece
Percorre as ruas
Da solidão
Dos corpos gelados
Do resto da noite
Que ficou esquecida
O rio deslumbra
De tão azul
O sol abraça a neblina
Transparente
Que sobe a cidade
Em cada esquina arde
O cheiro outonal
Das castanhas assadas
Que invade Lisboa
Quentes e boas
Animam os corpos
Amornando a vida
O dia amanhece
Percorre as ruas
Da solidão
Dos corpos gelados
Do resto da noite
Que ficou esquecida
O rio deslumbra
De tão azul
O sol abraça a neblina
Transparente
Que sobe a cidade
Em cada esquina arde
O cheiro outonal
Das castanhas assadas
Que invade Lisboa
Quentes e boas
Animam os corpos
Amornando a vida
BRUMAS DO TEJO
As brumas do Tejo
Invadem o cais
Espreitam a cidade
Gaivotas pairando
Telhados escondidos
Gritam liberdade
As brumas do Tejo
Trazem nos véus
As mágoas do mar
Sabor de maresia
Marinheiro errante
De bairros velhinhos
Casario despido
Do sol escondido
Em cada colina
As brumas do Tejo
Envolvem as gentes
Que saiem correndo
Em cada despertar
Povoando Lisboa
Que nasce e vive
Esperando o sonho
Que tarda em chegar
Invadem o cais
Espreitam a cidade
Gaivotas pairando
Telhados escondidos
Gritam liberdade
As brumas do Tejo
Trazem nos véus
As mágoas do mar
Sabor de maresia
Marinheiro errante
De bairros velhinhos
Casario despido
Do sol escondido
Em cada colina
As brumas do Tejo
Envolvem as gentes
Que saiem correndo
Em cada despertar
Povoando Lisboa
Que nasce e vive
Esperando o sonho
Que tarda em chegar
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
ALENTEJO BRANCO
O calor branco e quente
Do casario alentejano
Envolve os corpos
E espalha nos muros
Marcas de fogo intenso
Cada pássaro corta o silêncio
Branco do tempo
Nos campos a calma é tanta
Que o canto das aves espanta
A brisa quente que passa
Já o povo sossega na praça
Em tardes vazias e calmas
Já de branco vestem as almas
E em chamamento divino
Ouve-se ao longe um sino
Na plenitude do anoitecer
Ecoa um calmo cantar
E o povo refresca o olhar
Nas estrelas brilhantes e alvas
Da branca noite alentejana
Do casario alentejano
Envolve os corpos
E espalha nos muros
Marcas de fogo intenso
Cada pássaro corta o silêncio
Branco do tempo
Nos campos a calma é tanta
Que o canto das aves espanta
A brisa quente que passa
Já o povo sossega na praça
Em tardes vazias e calmas
Já de branco vestem as almas
E em chamamento divino
Ouve-se ao longe um sino
Na plenitude do anoitecer
Ecoa um calmo cantar
E o povo refresca o olhar
Nas estrelas brilhantes e alvas
Da branca noite alentejana
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