quinta-feira, 20 de maio de 2010

NÃO SEI SE FAÇO POESIA

O arrastar dos dias
Despeja noites infindas
No deambular dos sentidos

Na angústia da escrita
Desdobram-se sentimentos
Abrem-se as palavras
Em forma de poema

A dor escorre pela mão

A emoção abafa o grito
Que salta da alma
Em tempo de solidão

Há um poema que se deixa
Espalhado pelo chão
No desalinho da vontade

Visto-me de incerteza
E do tempo que vivi
Não sei se faço poesia
Ou se a poesia me faz a mim